"Ler um livro é como se apaixonar: você entrega seu coração. Às vezes você é correspondido, outras vezes não" - Hi_LC




Paixão do dia: Dom Casmurro - Machado de Assis


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Instrumentos Mortais - Cassandra Clare

            A minha história com Cidade dos Ossos é bem interessante. O livro foi lançado com uma publicidade enorme. Logo muitos amigos meus (uma amiga em especial) começaram a ler e a me dizer que o livro era incrível, que era a melhor coisa que eles já tinham lido, e tal, tal, tal...

            A situação é que o livro é uma aventura. Quem me conhece sabe que eu tenho um tremendo problema com aventuras. Li um livro uma vez e foi suficiente para me traumatizar profundamente. O livro era grande, chato e muito descritivo. Não foi a melhor experiência da minha vida. Desde aquela época (tem uns cinco anos), eu evito ler aventuras, lendo raros exemplares de vez em quando. Alguns desses livros que li valeram a pena, mas não o suficiente para mudar meu estilo. Eu gosto de histórias românticas. E ponto.
             Minha vida com românticos estava indo muito bem até que eu ganhei Cidade dos Ossos. Pior: o livro não vinha com etiqueta de troca. E como eu não gosto de desperdiçar um livro, li.
            (Só para vocês terem uma ideia, a minha ansiedade para ler o livro foi tanta que eu tive pesadelos antes de começar a ler a série. Deixem os risos para depois).
            Da água para o suco de maracujá, meu pensamento em relação à série mudou radicalmente. Foi um enorme prazer de ler a Cidade dos Ossos, e só tenho coisas boas a dizer sobre o livro.
            A história não é descritiva (graças!), o que já elimina o meu pior problema com livros. Há romance na trama, um romance bem trabalhado, o que é me dá um alívio enorme. O melhor de tudo: a história não é parada; há sempre algo acontecendo.
            Cidade dos Ossos é daquele tipo de livro que você sempre se surpreende. Não foram raras as vezes em que eu parei de ler, olhei fixamente um ponto e exclamei: “Caramba!”. Algumas surpresas não eram realmente surpresas, eu meio que já esperava. Mas a maioria? Nossa! Eu fico até sem palavras.
            Não é à toa que o livro ficou famoso.
            O segundo livro foi lançado não faz um muito tempo. Embora a história não seja tão cheia de surpresas quanto o primeiro volume, ainda permanece o tom dinâmico que me conquistou.

            A série não é das minhas favoritas; afinal, não curto esse tipo de livro. Mas, se eu fosse louca por aventuras, Instrumentos Mortais estaria no topo da minha lista.
           
            Talvez você tenha ouvido falar de Instrumentos Mortais pelas propagandas as paradas de ônibus. Ou talvez pelo comentário criativo da Stephenie Meyer. Mas, se você realmente quiser conhecer a história, você deve ler a série!

Hi_LC

sábado, 2 de julho de 2011

As Heranças de Crepúsculo - Parte III - As capas pretas

            Outra influência clara de Crepúsculo foi no estilo das capas. Para quem conhece a série, pelo menos um pouco, sabe que os livros têm um caráter peculiar. Não estou falando dos novos livros, com os atores do filme; me refiro às capas originais, mundialmente conhecidas e “mães” de grandes herdeiros.
            Vamos analisá-las com mais calma:

            As capas têm um único “enredo”: um único desenho. Seu significado não é totalmente claro; o leitor precisa ler o livro e conhecer a história para desvendar a imagem e, inevitavelmente, surgem várias interpretações, o que torna as próprias capas objetos de grande discursão. A tão famosa maçã, a flor “sangrando”, fio partido e a dama branca com o pequeno peão vermelho são grandes marcas da série.
            (Os nomes também são parte do significado da história e também geram várias interpretações. Vou me limitar à parte visual).
            O único desenho é acentuado pelo fundo escuro, que também cumpre um papel importante no significado da capa. O leitor pode até querer olhar para o canto inferior esquerdo da capa, mas o que isso vai adiantar? O fundo é todo preto! O leitor é levado a olhar para o centro, onde tem as imagens, o enredo que ele precisa conhecer. Sem as capas pretas, talvez a Saga não tivesse um tom tão característico.
           
            Conheceremos alguns dos herdeiros de Crepúsculo:

As novas capas de A Mediadora

          A série A Mediadora já tinha capas pretas com um único enredo na frente. Mas era um preto fosco e os desenhos pareciam feitos a mão. Não estou criticando as velhinhas; aliás, eu me encantava com aqueles desenhos.
Desde o sucesso de Crepúsculo aqui no Brasil (segundo semestre de 2008), as capas ganharam um novo design: fundo preto brilhante (a la saga) e imagens “reais”, que também precisavam ser interpretadas. Os antigos desenhos eram claros. Os novos não.           
Como comentário pessoal, eu devo confessar que acho as novas capas bem sexy. Encantadoras...


Morada da Noite

         Ai, minha doce série... Já contei que lançaram o oitavo livro, Despertada? Eu não preciso de muito para ficar feliz...
            Morada da Noite é um herdeiro assumido de Crepúsculo. Se a Saga Crepúsculo fosse um professor ensinando como se faz uma capa, Morada da Noite seria um aluno nota dez. A capa é preta; um desenho toma a parte central da capa. Novamente, o preto brilhante.  
         É claro que nem tudo foi ensinado; o pequeno pupilo também tem seu momento de criação. A cada volume, as cores da capa mudam: rosa, azul, magenta, roxo, laranja, verde, vermelho sangue e amarelo. Os desenhos, aparentemente sem significado, são as Marcas safira, muito comentadas na série.
            Já comentei que até a contracapa do primeiro livro foi inspirada em Crepúsculo. Isso não causou em mim boa impressão quando eu vi o livro pela primeira vez. Ainda bem que eu ignoro a primeira impressão. Às vezes. A partir do segundo livro, a contracapa adquire um novo estilo.

A Hospedeira

         Como um bom filho de mamãe Stephenie, A Hospedeira tinha que receber a herança do irmão. Com o tema laranja, a capa do livro tem o tem o fundo preto. Mas não é o único plano de fundo da capa.
Na verdade, eu consigo perceber dois fundos: um secundário – que é o preto – e o primário – que é o rosto. O rosto não tem desenhos marcantes, na verdade, ele até parece borrado nas bordas. A capa parece convergir para o desenho, o bonito olho com a coroa prateada. Não olhe muito para ele, ou você vai acabar hipnotizado!
            A contracapa de A Hospedeira também se parece muito com a de Crepúsculo, numa versão laranja.

Fallen

         Não posso falar muito de Fallen... Pessoal.
            Esse fundo já não é completamente preto; é possível distinguir o contorno de algumas árvores ao fundo. Elas acentuam o caráter sombrio da história, mas ainda assim funcionam como forma de chamar a atenção para a imagem no centro, a pobre menina com o rosto nas mãos. O que ela tem? Por que parece estar triste? Ou assustada?

Diários do Vampiro

         Não gosto muito de comparar Diários do Vampiro com a Saga Crepúsculo. Eu consigo perceber semelhanças demais e até eu consegui explicar que DV foi lançado em 1991. Lá, aqui ele foi completamente influenciado por Crepúsculo.
            De novo, fundo preto e sombrio. Ainda assim, DV tem seu próprio charme: uma única imagem, sim, mas a meia face mostrada atribui uma característica intrínseca à série. Se você juntar os dois primeiros livros e os dois últimos, terá um rosto completo!      

Beijada por um Anjo


         Olha a série aqui de novo! Nem bem ganhou uma postagem inteira para ela, agora ganha um pequeno comentário.
            Essa também se parece muito com as capas da Saga Crepúsculo. O fundo preto e a pena, asa e a luz ficam no centro, atraindo toda a atenção para elas. A capa, em termos de textos, tem bastante coisa escrita. Um design que é bem marcante até mesmo nas próprias páginas. Eu gosto bastante, acho muito bonito.

Hush, Hush

            O poder dos vampiros chega até os doces anjos... Se você, claro, não considerar Path como um doce...
            Assim como Fallen, essa série não tem o fundo completamente preto. Em vez disso, fundo cinza com contornos de nuvens. Ainda assim, as atenções são levadas à imagem do centro, um anjo em posição de muito sofrimento.
            Cena sombria, mas com todo o sabor da série...

O beijo da Sombras

         Alguém chegou a ver a capa original de O Beijo das Sombras? Completamente preta e com a janela como foco. Devo confessar que ainda não descobri o sentido da janelinha, mas continuo tentando. Se alguém quiser me dar uma luz...
            Essa capa foi rapidamente substituída por novas quando a Saga Crepúsculo atingiu seu auge. Substituída? Eu diria mais forçada. Eles fizeram um capa de papel que encobria a capa original. Por quê?
            Os outros livros seguem as tendências da pseudocapa. Vou confessar que eu prefiro as novas.
            PROMESSA DE SANGUE! Acabei de comprar, vou ler nessas férias!! *ansiosa*

Os Imortais

            Se eu fosse dividir a capa da série em partes, eu poderia fazer assim: fundo preto – bem secundário, nesse caso -, menina linda e o desenho principal – a tulipa, a esfera, as pedras e a vela. Diferentemente de A Hospedeira, a menina também atrai olhares e é parte importante da capa. No caso do quarto livro, ela aparece completa, com rosto e uma colega para dividir a capa com ela (não gostei muito dessa capa).

O morro dos ventos uivantes

         Eu não sou, de jeito nenhum, uma especialista nesse livro. A obra de Emily Brontë tem mais de 150 anos, mas teve uma recente explosão nas vendas de exemplares aqui no Brasil. Por quê?
            A capa! Bem no estilo tradicional de Crepúsculo, a nova edição lançada pela editora Lua de Papel chegou aos primeiros lugares dos mais vendidos da Livraria Cultura. Quem não conhece a história, provavelmente não olharia para a capa de editoras como Martin Claret. Mas, algum fã de Crepúsculo talvez se interessasse por uma edição com uma capa tão conhecida. A fórmula deu certo; o livro vendeu muito.

Quem não herda, não tem...

         Alguns exemplos de capas que não seguem a onda da Saga Crepúsculo:


 Essas capas têm um fundo bastante colorido; há muitas imagens para serem assimiladas, principalemente em A Dança da Floresta. Cada pequeno desenho é um personagem da história.

Hi_LC