"Ler um livro é como se apaixonar: você entrega seu coração. Às vezes você é correspondido, outras vezes não" - Hi_LC




Paixão do dia: Dom Casmurro - Machado de Assis


terça-feira, 28 de junho de 2011

"A despeito de" o Súcubo

         Pessoal, primeiro quero compartilhar uma novidade maravilhosa (pelo menos para mim): EU ORGANIZEI A MINHA ESTANTE! É tão bom olhar para ela e ver que os meus livros estão todos nas devidas prateleiras, sem nenhum livro fora do lugar ou caindo, com espaço para todo mundo... Infelizmente, eu sinto que não será para sempre assim e em um ou dois meses, eu vou ter um monte de livros-sem-prateleira.
           
            Ok, voltando ao Súcubo.

            Já cheguei a falar aqui de Academia de Vampiros, de Richelle Mead? Acho que devo ter comentado alguma coisa sobre a série em “As Heranças de Crepúsculo – Os vampiros que vieram depois”. Agora não me importa muito a série, mas a autora. No final do ano passado, eu esbarrei com ela nos livros “A Canção do Súcubo” e “O poder do Súcubo” e é justamente sobre eles que eu pretendo comentar agora.

            O que é um súcubo? Se você se fez essa pergunta, relaxe: você não é o único. Enquanto eu lia os livros, foi a pergunta que eu mais ouvia. Então, antes de dizer qualquer coisa, vamos a definição.
            Um súcubo é uma criatura das trevas que pode assumir várias formas e consegue energia vital beijando os homens (e outras cositas mais...). É sempre “o súcubo”. Não existe “a súcuba”, embora “súcubo” designa uma criatura feminina. Um ser com as mesmas características de um súcubo, mas do gênero masculino é chamado de íncubo.
            Georgina Kincaid é um súcubo, uma mulher com altos atrativos e um desejo inesgotável por energia vital. Mas, depois de séculos vagando pela Terra, ela está meio cansada de não poder se envolver emocionalmente com alguém. Como ela poderia beijar um homem, se ele cai desmaiado logo depois? Essa é justamente a trama da série.
           
 Uma história maravilhosa, sem dúvida. A linguagem é incrível, daquele tipo, despojada, que envolve e apaixona. O estilo de Richelle Mead, espelhado na série, é daquele que tem domínio da linguagem, sem ser agressivo.
            E os personagens? O escritor Seth me faz sonhar, principalmente no segundo livro. Ah, o segundo livro, em que tudo pega fogo, como se a autora estivesse fazendo banana flambada...

            Enfim, o livro dispensa comentários. O que eu quero comentar nessa postagem é sobre um erro que pode acabar com um texto. No caso de “A canção do Súcubo”, não acabou, mas deixou a escrita um pouco feia.
            Tudo que é demais enjoa, não é mesmo? Com textos, é a mesma coisa. Algo que fica bonito, algo que ninguém usa, atribui ao texto um charme próprio que é bem reconhecido. Mas é como um professor meu diz: “Moçada, mas use esse truque só uma vez, se não o examinar percebe o nosso truque e desconta uns pontinhos”.
            A tradutora do livro quis usar a conjunção concessiva “a despeito de”. Uma construção brilhante, sem dúvida. Poucas pessoas sabem usá-la bem e, justamente por isso, quando aparece num texto, ela explode e é como uma chuva de fogos de artifício.
            O que aconteceu na tradução do livro foi que tentou-se usar essa técnica muito, todas muito bem empregadas. Porém, houve muitas explosões, o céu ficou colorido demais, brilhante demais. Não ficou bom. E eu senti isso muito, pois – como eu leio relativamente rápido – eu percebi as “a despeito de” com uma frequência muito grande. O primeiro livro foi assim. O segundo não foi diferente.        
            Alguém pode se perguntar: “será que a conjunção foi usada mais vezes do que as outras?”. Eu acredito que não. Eu acho que, se formos contar as aparições das outras conjunções, separadamente, elas devem dar mais do que a “a despeito de”. Só que é como eu falei: é uma explosão, é chamativa. Embora, mas, e nem chamam tanta atenção. Só se forem usadas em excesso. Em muito excesso. (existe essa construção?)
           
            A despeito das minhas críticas (olha ela aí), o livro é excepcional e eu mal posso esperar para ler o terceiro “O sonho do súcubo”, que, inclusive, já lançou!!!!

            Ah, por falar nisso, lançou o oitavo livro de “Morada da Noite”, Despertada. Ele é amarelo com preto, parece uma abelhinha, e me dá água na boca só de pensar.


Hi_LC

terça-feira, 14 de junho de 2011

As falhas de "Beijada por um anjo"

Nossa, pessoal. Vamos desconsiderar o tempo que eu fiquei em silêncio e vamos seguir em frente...

O blog ficou tão escuro e vazio...

***

Hoje eu resolvi falar da série "Beijada por um anjo", porém não do jeito que eu costumo falar de outros livros. Eu não gosto de falar mal das coisas, mas quanto à série eu tenho que falar. Sou uma pessoa muito sensível com relação à escrita e passei uma semana muito dolorosa lendo "A força do amor" (segundo livro da série).
Os três livros que fazem parte da série

A história até que é boa. Um casal de adolescentes vivia na mais maravilhosa paz, ainda que eles brigassem um pouco porque ela acreditava fielmente em anjos e ele não. Mas, depois que ele morre e vira um anjo, ela deixa de acreditar na criatura de asas, justamente quando ele se tornou um!

Até aí tudo bem. O problema é a terrível falta de coesão e coerência do livro. Não sei se é um problema da tradução ou da própria autora (eu acredito que seja da autora). A autora salta de uma parte da história para outra sem deixar claro para o leitor. A cena muda e o leitor fica perdidinho... Tem vezes que a autora muda no meio do diálogo. Eu quase morri de tão confusa!

Mas o cúmulo para mim foi quando ela passou do prólogo para a história sem nenhum aviso. Ela voltou três meses no tempo e leitor nem ficou sabendo disso! Na minha modéstissima opinião isso é um absurdo.
Faltou um espaço no livro.
 O livro tem três volumes. Não sei se eu vou ler o terceiro. Se bem que eu sou uma pessoa inocente e que acredita que os livros pdoem melhorar. Sem falar que o livro é barato.

Hi_LC